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Sursum Corda!

“Corações ao alto...” Quando percebemos que não podemos mais viver presos ao ensurdecedor barulho das coisas que passam, que se dissolvem como areia na nossa história; quando percebemos que não podemos mais ter como nosso alvo somente aquilo que hoje está lá para acertarmos, mas amanhã o vento já levou... Quando fazemos a experiência de que em nenhum outro lugar podemos repousar a cabeça com segurança, senão no colo Daquele a quem nossa alma é carente.   Quando percebemos que não adianta tentar fazer surgir a todo custo faíscas para iluminar nossa escuridão, quando encontramos o Sol que nunca se põe. Quando percebemos que não há tempestade nem vendaval capaz de mover-nos desta rocha firme, e que nela e apenas nela encontramos lugar de repouso tranquilo.   Quando percebemos que não há tristeza nem alegrias das quais podemos desfrutar e procurar aqui nesta terra, mas há apenas Uma única alegria Eterna que vem ao nosso encontro...   Quando percebemos que não há intelecto capaz
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Cristo e a Igreja, um só corpo

Deus, Onipotente, Onisciente e Onipresente, mandou-nos seu Filho amado   Jesus Cristo, e iniciou assim, todo o mistério da Salvação. O nome “ Jesus” significa “ Deus salva” , e “Cristo” ou “Messias” significa “ Ungido”.   Jesus é Deus Filho, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem, da mesma substancia do Pai e do Espírito Santo, que se encarnou pelo poder do Mesmo Espírito Santo no ventre da Virgem Maria e recebeu uma natureza humana: Corpo e Alma. Veio ao mundo para salvar toda a humanidade do pecado e da morte e conduzi-la á Vida Eterna. Jesus é o Senhor de Tudo. Senhor vem do Grego “ Kyrios” , e do Latim “ Dominus” , dominar. Ele domina tudo e todos no Amor. Para que o Reino de Deus continuasse e a Boa Nova do Evangelho fosse pregada no mundo inteiro, Cristo quis instituir uma Igreja.   Esta Igreja foi se aprimorando com o tempo, pois o Espírito Santo foi instituindo-a aos poucos. Cristo escolheu 12 Apóstolos para serem as colunas desta I

A única simplicidade que vale a pena conservar é a do coração

      Comecemos, pois pela definição de simplicidade.   A simplicidade é uma qualidade daquilo que é simples; não é complexo; é a falta de pretensão ao agir. Entre seus sinônimos podemos citar: a pobreza; a humildade; a sobriedade; a modéstia; a moderação; e o despojamento.    Deus nos deu diversos exemplos de corações simples e desprendidos das coisas terrenas. O mais notável e importante deles foi Nossa Senhora. A falta de amor no coração dos homens começou com Adão e Eva, e por Maria o amor voltou ao coração dos homens. Ela confiou, e se despojou totalmente de tudo. Com o seu “Sim” e o seu “Fiat” – faça-se – ela se entregou á Deus, e durante toda a sua vida na Terra mostrou sua humildade, sempre guardando no coração o que seu Filho Jesus lhe falava. O Fiat de Maria foi um desígnio de um sacrifício doloroso, de dedicação, entrega e compromisso, humildade e simplicidade; foi de grande valor espiritual para a humanidade. Deus precisava de alguém para trazer o Amor ao mu

A era dos mYmadoZ: um manifesto

A cultura japonesa sempre me despertou certo fascínio por “n” motivos. Um deles – e talvez o maior – pode ser o fato de que a cultura japonesa é, essencialmente, conservadora. Valores de disciplina, obediência, hierarquia, educação e honra são perpetuados nas mentes e almas das pessoas desde a mais tenra idade, e remontam até o Japão feudal, com seus samurais, xoguns e códigos ferrenhos de ética e moral. Todavia, outra coisa ainda me instiga: a relação que esses valores têm com o amadurecimento dos indivíduos e como isso pode nos ajudar a fazer uma breve, mas interessante análise antropológica da nossa sociedade ocidental. No Japão, as crianças são ensinadas desde cedo a respeitarem os mais velhos. Isso começa já na linguagem, uma vez que é comum encontrar no dialeto japonês uma certa frequência no uso dos mais variados pronomes de tratamento para os mais variados tipos de pessoas: há, por exemplo, o “-san”, utilizado para pessoas mais velhas em geral; o “-kun”, para pessoas da

Sobre o fogo ou Deus como procedência de nossas afeições

("Amigos para sempre - II" de Victor Bauer, óleo sobre tela) Enquanto conversava casualmente com uma amiga, discutíamos brevemente algumas questões referentes ao impacto de certos tipos de amizades em nossa vida, e como estas tinham poder de nos afetar, tanto positiva quanto negativamente. Durante a conversa, usei uma analogia como forma de tornar mais clara a transmissão de minhas impressões sobre o assunto, em que usava a imagem de uma fogueira ou tocha como forma de descrever a imagem de Deus “provador” de toda e qualquer relação afetiva que viéssemos a ter. A ideia me pareceu relativamente contundente, e decidi expô-la aqui também, esperançoso de que estas considerações sejam de alguma utilidade aos que as lerem. A priori , tomemos a imagem de Deus como uma grande fogueira: brilhante, incandescente, crepitante e chamativa. A nós cristãos, que vivemos num mundo dominado pelas trevas e pelo frio cortante – isto é, pelo pecado, tanto externo quanto interno – é in

O mal da pornografia II – consequências práticas

(“A Tentação de Santo Antão”, por Salvator Rosa) Aproveitando o texto “O mal da pornografia” escrito pelo confrade Luiz Augusto aqui do blog (cujo link estará ao fim deste texto), tratarei aqui de mais algumas reflexões acerca de tão importante e tortuoso tema, abordando principalmente os efeitos do consumo de pornografia na psique e no modo como o consumidor se relaciona com os outros, apontando que a pornografia vai muito além de uma “inofensiva diversão indecente”. Sir Roger Scruton, em seu livro “Como ser um conservador” nos traz alguns pensamentos interessantes a este respeito. Falando sobre os riscos e responsabilidades das relações humanas escreve o seguinte: “O viciado em pornografia tem alguns dos benefícios da excitação sexual sem assumir quaisquer dos custos normais; mas os custos fazem parte daquilo que significa o sexo em uma vida emocional madura e, ao evita-los, estamos debilitando a própria capacidade de estabelecer um vínculo sexual real.” (1) “No

O mal da pornografia

Atualmente um mal que assola pessoas de todas as idades principalmente os adolescentes é a pornografia e masturbação, o contato com essas práticas tornou-se tão comum com o advento das mídias sociais, que nós não nos damos conta do quão nocivo é este tipo de prática, não somente para o nosso corpo, mas também para a nossa mente. Para entendermos os efeitos nocivos da pornografia, primeiro temos que entender como funciona uma substância chamada dopamina. A dopamina desempenha importantes funções no organismo, a primeira delas é a sensação de prazer. No decorrer de circunstâncias agradáveis, a dopamina é liberada, desencadeando impulsos nervosos, que levam a uma sensação de prazer e  bem-estar. Alimentos saborosos, sexo, jogos e drogas são alguns exemplos de situações que estimulam a ação da dopamina, ela também esta ligada a via mesolímbica (Área do cérebro responsável pela recompensa), a liberação de dopamina nessa área do cérebro regula o sentimento de incentivo (isto é, motivaçã